Bem-vindo a Ameal, Taveiro e Arzila!

Território de continuidade entre o campo e o monte, fortemente marcado pela ligação ao Mondego, às práticas agrícolas e de assinalável biodiversidade, sugerindo-se o atravessamento pedonal dos pontões sobre a linha férrea para observações panorâmicas. O edificado remete para a forma primitiva de organização do território, estruturado em núcleos contínuos de casais e pequenas quintas.

Em Taveiro as manifestações artísticas atingiram peculiar expressão: da musicalidade emergente da centenária Filarmónica União Taveirense, alfobre de centenas de executantes, às representações teatrais da Loucomotiva, berço formativo de muitos atores. No património edificado descubra a Igreja de S. Lourenço do séc. XVIII, a Capela de S. Sebastião do séc. XVI, o Solar dos Marqueses de Reriz ou a Quinta do Eirado. A visita ao parque de merendas é, também, fundamental para aquilatar da fertilidade dos solos, desenhando-se, no horizonte, um dos mais extraordinários retratos de milheirais e arrozais.

No Ameal, a Igreja de S. Justo é património incontornável, datando da primeira metade do séc. XVI, com porta manuelina e arco cruzeiro de cariz renascentista. É da mesma época, a capela de S. Sebastião, em Vila Pouca do Campo. O Palácio dos Condes do Ameal, edificado no séc. XVII assume-se como referência identitária da população. Teve como primeiro titular João Maria Correia Aires de Campos, criterioso colecionador e investigador, e um dos responsáveis pelo desenvolvimento cultural da freguesia, ao formar uma das melhores bibliotecas da época.

Em Arzila a história da comunidade desenvolveu-se em torno do famoso Paul, reserva biogenética onde ocorrem centenas de espécies de fauna e flora, que se podem observar pelos trilhos pedestres desenhados a partir do Centro Interpretativo do ICNF, ou do parque de merendas. O Paul influenciou as artes e ofícios, nomeadamente, na manufatura das esteiras, para a qual concorrem o bunho e o junção, enquanto matéria-prima, uma arte salvaguardada pelo Grupo Folclórico e Etnográfico de Arzila, que dispõe de acervo museológico.

No património edificado assinale-se não só a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, concluída por volta de 1672, mas também a setecentista Ponte do Paço, cenário mítico de história e estórias envolvendo a comunidade.

Arzila foi classificada, em 2023, como “Aldeia de Portugal” pela Associação de Turismo de Aldeia (ATA), reconhecendo e salvaguardando os seus saberes, costumes e tradições.

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