Outrora, antes da mecanização da agricultura, os trabalhos do Arroz ocupavam ranchos de homens e mulheres. Da plantação dos pés de arroz criados em viveiro, à monda para tirar a milhã, à ceifa feita no fim do verão, os campos enchiam-se de trabalhadores. Ainda há quem lembre as sezões, as febres que as águas paradas traziam pelo mosquito que ali se desenvolvia. Mas, apesar de ser o Baixo Mondego um lugar de produção deste cereal, era o Milho que se produzia, no Monte e no Campo, que todos os dias alimentava a família e a comunidade. Da massa da Broa, faziam-se umas Filhoses que se fritavam em azeite e a fazia-se a Torta. Era como a broa, só que mais pequena e mais achatada, assim, cozia mais depressa, era um pão que se fazia rápido. Tão importante era a Broa que se dizia «migalhinhas para os passarinhos. Diabo não, que não tem precisão.»