A viagem ao passado inicia-se na gruta dos Alqueves, um raríssimo testemunho na região da ocupação pré-histórica. Rumemos, em seguida, à Igreja de S. Martinho, de traça setecentista, marco espiritual da comunidade, e partamos ao encontro das diversas capelas e cruzeiros, incluindo a curiosa Alminha de Nossa Senhora do Carmo, na Póvoa de S. Martinho.

No património civil abundam as casas senhoriais, como a Casa da Quinta do Bispo, do séc. XVII, que ostenta a pedra de armas do Bispo D. Miguel de Anunciação, imóvel de interesse público desde 1967, ou a Quinta dos Plátanos, na Bencanta, de inspiração pombalina.

O Largo do Chafariz é um espaço emblemático de sociabilidade, onde se encontra uma fonte antiga e o edifício primitivo da escola primária. O fundo imaterial espelha-se não só no romance de Camões com Violante, tendo como cenário o Outeiro da Condessa, mas também nas lendas da Bencanta e da Espadaneira.

A Ribeira de Frades é uma pequena comunidade que se desenvolveu em torno da Igreja de S. Miguel, datada do séc. XVI. O largo adjacente é espaço fundamental de sociabilidade, que tem por centro o Pelourinho do Santo Cristo, da 1ª metade do séc. XVIII, e onde também se destaca a Casa do Torreão.

Assistamos à veneração a Nossa Senhora da Nazaré, em torno da capela reconstruída no século XVII, com a realização, a 15 de agosto, de uma das mais singulares procissões do município, o Círio da Nazaré, festividade que se estima tenha mais de 500 anos.

Descansemos, por fim, na Fonte do Castanheiro, uma obra de arquitetura civil de relevo, mas também um espaço de evocação de memórias e recordações populares.