Parta, depois, à descoberta do património pelas quelhas que o atravessam e que servem de acesso aos diversos lugares, quintais, fazendas, fontes e às singulares cortelhas. Em Assafarge visite a imponente Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, incluindo a capela ou casa do azeite, onde era guardada a produção olivícola. Contemple, também, o cruzeiro setecentista de Santo Cristo, tal como o seu semelhante, sito na Abrunheira. Em Antanhol é de visitar a Igreja de Nossa Senhora da Alegria, mas não deixe, também, de visitar a ermida de S. Domingos, cuja imagem se diz ter aparecido num tronco de oliveira.
Entre as artes e ofícios destacam-se os calceteiros da Palheira, os oleiros de Valongo e as tremoceiras de Antanhol. Observe, com atenção, a fonte principal de Antanhol, com marcas de desgaste nos degraus do coçar de calcanhares, ou a fonte da Sapateira, na Fontinhosa, onde se lavavam as tripas dos porcos para fazer enchidos, e se colocavam sacos de tremoços para curtir.
O fundo imaterial revela-se riquíssimo: dos cantares religiosos, passando por usos e costumes profanos como o rebentar do Judas, ou termos e expressões populares únicos, como o vocabulário de Vale do Cântaro e Assafarge. Não deixe, também, de saber mais sobre a lenda das Bruxas de Antanhol.
Não termine a visita por este território sem passar pelo Queijo, um antigo peso da prensa de um lagar de azeite, local de encontro de amigos e de namoricos, onde se fala de tudo e de todos. Talvez possa dizer, à semelhança de quem o frequenta regularmente: Diz-se no Queijo que…