Repare como a diversidade de flora se acentua, para poente, com a Mata Ribeirinha da Geria, ladeada pela Vala do Norte e leito do rio velho e, para norte, no Paul de S. Facundo. Do parque de merendas contemplemos o voo característico de cegonhas, milhafres e garças, que animam o horizonte.
No edificado de cariz religioso mencione-se, a Igreja de Santo Agostinho, reformada no XVIII segundo estilo popular barroco, e a capela de Nossa Senhora da Piedade, datada do séc. XVI, que guarda no seu interior um raríssimo conjunto escultórico, do séc. XVII. O edificado particular atesta o passado dos grandes domínios senhoriais e agrícolas: a Quinta Antiga de S. Facundo, a Quinta das Janelas ou o Solar da Quinta do Regalo, uma joia arquitetónica do território classificada como monumento de interesse público.
Em Vil de Matos domina a paisagem do monte tomado pela floresta, com exceção das zonas frias e húmidas que bordejam as linhas de água, com práticas associadas de agricultura, fruticultura e horticultura. Becos, travessas e caminhos rurais desafiam-nos a saber mais.
A comunidade congregou-se em torno da Igreja de S. João Baptista, datada de 1819, com portal em estilo neoclássico, e campanário de 1742, sendo de destacar, pela antiguidade, a capela de Santa Ana, composta por nave e santuário. A Quinta da Zombaria, com o seu palacete, remete-nos para as ilustres figuras de Júlio Augusto Henriques e Bissaya-Barreto, ocupando um lugar especial na memória do povo pelo trabalho e sustento que garantia.
A abundância de água potenciou a construção de fontes e fontanários em todo o território concretizando, nalguns casos, bons exemplos de arquitetura civil: Póvoa do Pinheiro, S. Facundo, Antuzede, Portela, Vendas de Santana, Vil de Matos e Cidreira.
Parte do mundo rural foi salvaguardado com a criação do Museu da Agricultura, na sede da junta de freguesia, onde podemos observar o ciclo do milho, do arroz e do vinho.