Em Antuzede, a Doçaria que é feita de Abóbora.

“Na noite de Natal fazíamos os Bolos de Abóbora e fazia-se uma cafeteirada de café. No fim de fazer os bolos comíamos com o café. Levavam a abóbora cozida em água e sal que, bem escorrida, era amassada com farinha de trigo, mas pouca, um golinho de aguardente e canela. No dia seguinte, na igreja, cantava-se ao Menino Jesus, «no céu, na terra, em todo o lugar, o sol é conforto, dá graça e luz, bendito o nascimento do Menino Jesus, correi pastorinhos, vamos a Belém, ver o Menino que salvar nos vem”

Memória Oral

O quotidiano alimentar era feito de simplicidade e de oportunidade. Hoje, os Bolos de Abóbora, também chamados de Belhoses ou Filhoses noutros lugares do concelho de Coimbra, são doçaria imperdível na Consoada. No entanto, outrora, era a fartura de abóboras por altura do Natal e a dificuldade em as preservar para além do Inverno, que ditava o seu aproveitamento naquele acontecimento festivo. De ingredientes simples e escassos, as mãos por detrás da receita faziam com que o momento, em que a mãe ou a avó acabava de os fritar, fosse momento de alegria para toda a família.

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